segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Outro telescópio se foi.... 

Na última semana vendi meu telescópio newtoniano 150mm f/D8. Apesar dele estar há um bom tempo parado e sem uso foi difícil me desfazer dele... Tive outros equipamentos num passado distante mas considero que esse 150mm f/D8 da Skywatcher foi meu primeiro telescópio sério. Fiquei com ele aproximadamente 3 anos e posso dizer que todo o conhecimento científico que tenho de astronomia eu aprendi com ele. Entro agora em uma nova fase de aprendizado com astrofotografia. Estou com apenas um equipamento, o RC8 da GSO, e pretendo me manter assim usando-o para evoluir mais e mais nessa atividade tão cativante que é a astronomia amadora. Espero que o próximo dono tenha tantas alegrias com o newtoniano 150mm como eu tive.

domingo, 10 de novembro de 2013

Colimação de telescópio Ritchey-Chrétien 8” f/D8

Para seu melhor desempenho um telescópio deve ter seus espelhos perfeitamente alinhados e o processo para obter esse alinhamento é chamado de colimação. Essa é uma característica crítica e desejável para qualquer telescópio mas para os Ritchey-Chrétiens essa exigência é ainda maior. Somente com uma colimação precisa é que se poderá extrair o máximo das características ópticas superiores dessa configuração de telescópio refletor. É possível que seu telescópio já venha perfeitamente colimado de fábrica; é possível também que ele venha levemente fora de colimação (meu caso) ou ainda que venha a ficar descolimado ao longo do tempo (um pouco raro, se você for cuidadoso no manuseio).

Como recebi o telescópio levemente desalinhado, tive que proceder sua colimação e organizei um passo a passo do processo. Preparei um arquivo pdf que mostra de forma geral esse procedimento. No meu caso precisei de cerca de 40 minutos para realizar o procedimento.

O documento pode ser baixado aqui.


sábado, 28 de setembro de 2013

Ajustes no RC8: mudando a posição dos dovetails

O telescópio GSO RC8 vem com dois dovetails: um padrão Vixen e outro padrão Losmandy. De fábrica ele apresenta o suporte para a buscadora do mesmo lado do dovetail padrão Vixen. Com isso, caso a montagem tenha apenas o berço com encaixe padrão Vixen, será necessário usar este para fixar o telescópio à montagem e assim a buscadora vai ficar na parte de baixo do telescópio. Apesar de não haver problema no uso essa pode ser uma posição bastante incômoda além de haver o risco da buscadora bater no tripé durante a movimentação da montagem dependendo da posição do céu que se deseja observar e da localização do observador. Nos próximos passos será mostrado um procedimento muito simples para trocar a posição destes dois dovetails, invertendo sua montagem.

Os dovetails

Vista lateral dos dovetails; note a posição do suporte de buscadora ao lado do dovetail Vixen.


Vista frontal dos dovetails. Do lado esquerdo, em cima, Vixen; do lado direito, embaixo, Losmandy.


A montagem dos dovetails

Quatro parafusos Phillips prendem o dovetail padrão Vixen ao tubo do telescópio:


Quatro parafusos Allen prendem o dovetail Losmandy aos seus suportes e outros quatro parafusos Philips prendem os suportes ao tubo como veremos à frente.


Removendo o dovetail Losmandy

CUIDADO! Não solte os quatro parafusos de uma vez; o dovetail é pesado e deve ficar bem apoiado para evitar danos ao tubo. Mantenha-o sempre seguro enquanto solta os parafusos. Com auxílio de uma chave Allen remova os quatro parafusos, soltando o dovetail de seu suporte. 


Dovetail removido ao lado do telescópio e suportes ainda no tubo
Removendo os suportes do dovetail

Depois de remover o dovetail deve-se remover os suportes do dovetail. Novamente, use uma chave Allen e remova os dois suportes soltando seus quatro parafusos (dois em cada suporte). 

Detalhe do suporte do dovetail Losmandy
Dovetail Losmandy, suporte e parafusos

É interessante notar que a furação no tubo do telescópio tem a mesma disposição da furação do dovetail Vixen, possibilitando sua troca de posição sem nenhuma alteração adicional.


Removendo o dovetail Vixen

CUIDADO! Não solte os quatro parafusos de uma vez; o dovetail é pesado e deve ficar bem apoiado para evitar danos ao tubo. Mantenha-o sempre seguro enquanto solta os parafusos.Com auxílio de uma chave Phillips remova os quatro parafusos, soltando o dovetail do tubo. 

Dovetail removido ao lado do telescópio

Final do trabalho: remontando os dovetails

Agora basta recolocar o dovetail Vixen encostado na parede do tubo, na posição que estava o dovetail Losmandy, e parafusá-lo novamente com os parafusos Phillips. Do outro lado, parafuse primeiro os suportes na parede do tubo usando os parafusos Allen pequenos; depois parafuse o dovetail Losmandy sobre os suportes usando os parafusos Allen grandes.

Evite apertos exagerados, tente usar a mesma força de aperto que foi usada para soltar os parafusos. Nessa configuração o dovetail Losmandy ficará ao lado do suporte da buscadora e o Vixen do lado oposto. Assim, quem tiver uma montagem com berço padrão Vixen poderá montar seu equipamento de forma que a buscadora fique do lado de cima do telescópio, facilitando seu uso e evitando acidentes.

Um comentário final: nesse momento algumas pessoa podem imaginar de retirar o dovetail Losmandy para reduzir o peso de seu equipamento. Esse procedimento não é recomendado pelo fabricante dado que o lado sem dovetail estará menos rígido que o lado com dovetail podendo ocasionar flexão no tubo, desalinhando os espelhos primário e secundário e distorcendo as imagens. Essa hipótese será verificada e volto a postar os resultados a partir de um teste de estrela.

Atualização: usei o telescópio apenas com um dos dovetails e não há problema com colimação ou distorção de imagem. Pode-se então retirar o dovetails que não esteja em uso, reduzindo assim algum peso do setup. No meu caso retirei o Losmandy, o que reduziu o peso total em aproximadamente 1kg.





sábado, 21 de setembro de 2013

Novo telescópio Ritchey–Chrétien 8"

Uma grande novidade para mim esta semana! Chegou em casa meu telescópio Ritchey–Chrétien 8" (ou simplesmente RC8) comprado no Armazém do Telescópio. Um telescópio Ritchey-Chrétien é um telescópio Cassegrain inventado no início do século 20 que tem um espelho primário hiperbólico e um espelho secundário também hiperbólico projetados para eliminar erros ópticos (coma). Eles têm grande campo de visão livre de erros ópticos em comparação com as configurações mais convencionais de telescópios refletores. Desde meados do século 20 a maioria dos grandes telescópios profissionais de pesquisa têm sido fabricados em configurações Ritchey-Chrétien (Hubble Space TelescopeVery Large TelescopeKeck ObservatoryGran Telescopio Canarias).

Esse telescópio em especial é da fabricante GSO, tem 200mm de espelho primário, peso em torno de 8kg. Com todos os acessórios (buscadora, diagonal e ocular ou DSLR,...) seu peso atinge algo como 9,8kg, em torno de 75% da capacidade de carga de minha montagem Orion Sirius EQ-G. O modelo que adquiri tem o tubo em metal (alumínio, segundo o fabricante), dovetails padrão Vixen e Losmandy, diagonal dielétrica. Não acompanha a buscadora que tive que adaptar (eu tinha uma Skywatcher 9x50mm) na sapata incluída no tubo.

A construção do telescópio é muito robusta, com materiais de primeira e acabamento impecável. A pintura branca com detalhes em preto é simples mas muito bem feita.

Vista lateral do OTA
Vista frontal mostrando tampa e detalhe dos dovetails
Ele é equipado com focalizador Crayford de das velocidades (redução 10:1), removível (basta soltar esse anel recartilhado que o prende), com escala graduada no tubo do focalizador para ajustes finos. Vem com sistema de anel de bronze que permite fixar com segurança os acessórios sem marcá-los. Seu padrão é 2" mas acompanha um adaptador 1,25".


Escala no focalizador e detalhe do anel de bronze e adaptador 1,25"
O interior do tubo possui 10 defletores que servem para desviar luzes parasitas e aumentar o contraste da imagem. É pintado em um preto fosco muito bem acabado. A célula do secundário é muito robusta, toda montada com parafusos Allen que garantem sua fixação ao tubo e estabilidade do alinhamento do secundário. Seu diâmetro é de 85mm o que confere uma obstrução central de aproximadamente 40%.

Detalhe interno do tubo com destaque para a célula do secundário e defletores
Entre os acessórios incluídos existem três extensores de 90mm de diâmetro por 1" e 2" de comprimento. com esses extensores é possível adaptar uma séries de acessórios, câmeras, rodas de filtros e obter foco em qualquer das configurações.
Anéis extensores
É um belo equipamento, com abertura de respeito (200mm), comprimento compacto (530mm) e peso razoável para a montagem que possuo. Agora é partir para testes de campo e aproveitar o que essa óptica conhecida pela sua ótima correção tem a oferecer. Encerro com uma foto do tubo na minha montagem Sirius EQ-G e uma grande expectativa nesse novo equipamento.

Tubo colocado na montagem Orion Sirius EQ-G



domingo, 11 de agosto de 2013

Minha nova maleta de acessórios.

Hoje é dia dos pais. Além de toda a alegria de estar em casa com minha esposa e duas filhas queridas ganhei um presentão! Tenho poucos acessórios para a atividade de astronomia amadora que há muito estavam em uma pequena pasta improvisada. O problema todo era que essa pasta era pequena e quando eu ia ao quintal tinha que ficar carregando várias coisas em viagens separadas: a pasta com oculares e filtros, uma extensão elétrica, a caixinha da minha câmera, controle SynScan, fonte, lanterna....

Ganhei da minha esposa e filhas uma ótima maleta de alumínio que além de muito bonita e resistente me permitiu colocar todos os acessórios juntos de forma que isso vai reduzir muito o número de viagens para montar o equipamento. Grande vantagem também é que agora fica tudo bem guardado e protegido.

Obrigado à esposa sempre companheira, obrigado à filhas que trazem alegria e iluminam minha vida e obrigado às três que sempre me ajudam e estimulam o meu hobby.




domingo, 4 de agosto de 2013

Algumas observações nas férias

Depois de um curto período de férias viajando com a família retorno a São Paulo. A campeã de poluição luminosa da América Latina pode desanimar e muito os astrônomos amadores de plantão mas ainda assim somos muitos aqui. O que gosto dessa época de inverno, além do frio, é que os céus ficam aparentemente bem mais escuros o que aumenta o prazer da astronomia amadora urbana. Ao lado disso têm muitos objetos interessantes para observar na região de Sagitário e Escorpião (minha constelação favorita).

Daqui de São Paulo alguns dos objetos fáceis de visualizar são as nebulosas planetárias. São objetos de céu profundo com um brilho de superfície razoável, o que facilita sua busca e observação. Nesses últimos dias consegui observar duas nebulosas planetárias bem interessantes: M57, a nebulosa do anel que se encontra em Lira e NGC 7009, a nebulosa Saturno que se encontra em Aquário.

Ambas são bem fáceis de localizar e visualizar, mesmo sob os céus extremamente claros aqui de São Paulo. Usando o meu telescópio newtoniano de 150mm f/D8 e ocular Plössl de 17mm, M57 se mostrou como uma nuvenzinha cinzenta com o centro um pouco mais escuro. Mudando para uma ocular Astrotech ED de 8mm é possível ver facilmente o formato de anel que lhe dá o nome.

NGC 7009 foi um verdadeira surpresa. Apontei para ela sem grandes expectativas e no inicio, com a ocular de 17mm, fiquei meio em dúvida se tinha encontrado ou se era uma estrela que eu não conseguia focalizar direito. Finalmente coloquei o foco em uma posição adequada e consegui identifica-la com certeza como sendo a nebulosa que eu procurava. Mudando para a ocular de 8mm permanece o aspecto nebuloso mas agora é facilmente perceptível o formato de Saturno que deu o nome a nebulosa. Realmente, ela se parece com o planeta em sua forma e arrisco dizer também em tamanho aparente.

Para os astrônomos que como eu tem um céu poluído pela iluminação pública esses são dois grandes objetivos para observar nas próximas noites. Para quem tiver céus escuros então, devem ser duas nebulosas muito bonitas para estudar.

sábado, 8 de junho de 2013

Armazém do Telescópio em São Paulo

Todos falam que o melhor dos mundos é poder trabalhar com alguma coisa que se gosta. Bom, parece que isso está acontecendo comigo! 

Desde o início desta semana comecei a vender produtos de astronomia aqui em São Paulo. O Leandro do Armazém do Telescópio e eu eu iniciamos uma parceria onde o Leandro envia produtos de sua loja para São Paulo e esses são vendidos a pronta entrega, com os mesmos valores, descontos, garantia e (principalmente) a qualidade que todos já conhecem do Armazém do Telescópio. Quem tiver interesse pode entrar em contato pelo meu Google+, pelo e-mail do Armazém em São Paulo (saopaulo@armazemdotelescopio.com.br) ou pelo próprio Armazém do Telescópio e o Leandro redireciona os clientes paulistanos.

De início tenho disponível para pronta entrega:

Binóculos Expanse 10x50
Binóculos Expanse 7x50
TeleXtender Meade 2"
Suporte para câmera steadypix deluxe
Tripod bino adapter
Adaptador t2-1.25"
Anel canon t2
Anel nikon t2
Ocular superview 30mm 2"
Ocular SWA 13mm
Ocular SWA 3.5mm
Câmera ASI030mc
Câmera ASI 120mc
Câmera ASI 120mm
Ocular ED 5mm
Ocular ED 8mm
Ocular ED15mm
Ocular ED 18mm
Colimador simples
Extensor gso 25mm
Filtro orion O- III
Câmera adapter 58mm

Espero o contato e a visita dos astrônomos amadores de Sampa!!!

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Um telescópio se foi.....

Nem bem deu tempo de eu montar minha página de equipamentos e já ocorreu uma mudança. Nesse final de semana vendi meu telescópio Maksutov-Cassegrain 150mm f/D 12. Excelente equipamento! Senti muito em vendê-lo e por diversos momentos pensei em desistir mas me mantive firme pois agora estou com um objetivo maior em mente: quero um telescópio de 200mm de abertura! Os candidatos são dois até o momento: um newtoniano f/D5 ou um Ritchey-Chretién f/D8.

A venda do mak foi uma decisão puramente estratégica. Pensando racionalmente foi a melhor decisão porém, do lado emocional, foi muito difícil. Espero que o novo dono se divirta com ele, o mak foi um companheiro fiel em muitas noites de observação.....


domingo, 5 de maio de 2013

Primeira tentativa de fotografar um DSO

No último dia 03/05/2013 montei o equipamento no quintal com o objetivo de testar a nova atualização do software SynScan da minha montagem. Esse software tem uma rotina de alinhamento polar que permite alinhar a montagem com o pólo celeste usando outras estrela além daquelas próximas ao pólo. É uma rotina bem interessante para mim pois daqui da minha casa não tenho acesso ao pólo celeste. Além disso, a poluição luminosa daqui de São Paulo prejudicaria muito a localização das estrelas de pouco brilho próximas do pólo.

Depois de testar a rotina eu precisava de alguma forma verificar se a montagem estava bem alinhada com o pólo. Para fazer isso, além de observação visual, resolvi fazer algumas astrofotos de longa exposição e com isso ver se havia algum arrasto das estrelas. Isso iria então caracterizar (ainda que grosseiramente) o quanto o alinhamento ficou bom. Usei a câmera QHY5L-II  que em princípio é uma câmera planetária mas que permite também fazer exposições longas de até 10 minutos. Algumas tomadas depois verifiquei que ainda havia um pequeno desalinhamento pois algumas das estrelas apresentavam-se como um pequeno risco.

Eu já estava bem cansado e não muito disposto a melhorar mais o alinhamento e comecei a fazer um pouco de observação. Naquele momento eu vi que o DSO conhecido como Fantasma de Júpiter estava em uma posição boa no céu e apontei o telescópio para sua região. Na ocular, NGC 3242 ou Ghost of Jupiter aparece como uma estrela um pouco desfocada. Aos meus olhos tem tons de cinza e consegui melhor contraste e definição da nebulosa com minha ocular Orion Sirius Plössl de 10mm. Parece ser muito aumento mas é um objeto bem pequeno e esse aumento mais forte escureceu o fundo do céu de forma a permitir uma  melhor observação dos contornos da nebulosa. O Telescópio que usei foi um Maksutov-Cassegrain de 150mm de abertura e f/D12. Como estava tudo montado (câmera, notebook, cabos) coloquei a câmera de volta no focalizador e fiz essa imagem:

NGC3242 - Fantasma de Júpiter
A foto em si não está muito boa.... na verdade está bem ruim em relação ao que se pode fazer em astrofotografia de DSO! Foi feita de exposição única, de 15 segundos, e com isso o ruído térmico da câmera ficou extremamente destacado. Mas tirando todos os defeitos da foto fiquei até que satisfeito. Talvez não valha a publicação mas vale pelo registro do primeiro DSO que fotografei. Acho interessante colocá-la aqui para eu poder, ao longo do tempo, tentar melhorar essas fotos e no futuro olhar aqui e ver como eu comecei.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Outra foto de Saturno e uma foto da Lua com detalhes muito bons


Nessa semana também consegui fazer uma foto bem interessante da Lua. Usando a câmera QHY5L-II em modo 12bit foi possível captura um nível de detalhes bem interessante. Não nomeei as crateras pois foi uma foto mais "exploratória" para entender a capacidade da câmera...e fiquei muito satisfeito.A foto foi feita com meu telescópio Maksutov Cassegrain de 150mm f/D12. Foram capturados 60 frames que foram empilhados no Autostakkert 2. Não fiz nenhum tratamento posterior.
Lua - São Paulo - SP - 21/04/2013 - 20:14 hora local

Fiz também outra foto de Saturno usando o mesmo equipamento. Dessa vez capturei em um filme formato SER 12bit e tratei no Registax 5.1. Foram impressionantes 6500 frames em um arquivo de menos de 1GB de tamanho. Foram usados frames com qualidade superior a 95% (cerca de 4000 frames). O filme inicialmente saiu em preto e branco e ao vê-lo achei que tinha perdido meu tempo mas, usando o debayer do Registax, as cores foram reveladas! Com 12bit os detalhes sobressaíram um pouco e inclusive é possível ver o anel C, ainda que tenuamente. A divisão de Cassini ficou nítida. e bem fina. Ainda há margem para melhoria, vamos ver como evoluem as fotos ao longo dos meses.
Saturno - São Paulo - SP - 21/04/2013 - 21:00 hora local


sábado, 20 de abril de 2013

Primeira foto com uma câmera dedicada.

Nesta semana, dia 15/04/2013, finalmente abriu o céu aqui em São Paulo. Por coincidência eu também estava em casa e, apesar de ser uma segunda-feira, resolvi aproveitar a noite para usar pela primeira vez minha câmera QHY5L-II. É uma câmera de entrada, dedicada a fotografias planetárias, baseada em um sensor CMOS da QHYCCD. Ainda não tive chance de avaliar bem a câmera pois, como falei, essa foi a primeira vez que a usei. Mas tenho lido muitas opiniões positivas sobre ela, com imagens de alto nível e tenho uma grande expectativa sobre ela. Espero que gostem.




domingo, 14 de abril de 2013

Alguns acessórios.

Eu pratico astronomia amadora de forma irregular há alguns anos. Acho que comecei lá por 2003 ou 2004 com um telescópio feito em casa a partir de um kit de espelhos. Digo irregular pois tive alguns períodos de falta de atividade devido a uma série de fatores: mudança de casa, filhas, faculdade, viagens a trabalho.... Mas apesar de irregular sempre foi uma atividade muito interessante!

De lá para cá já tive muita coisa nas mãos em termos de equipamentos: oculares, câmeras, telescópios, espelhos, montagens, artigos ATM..... Vendi diversos para viabilizar alguns outros projetos; acho que isso é natural quando vamos evoluindo em qualquer atividade. Coisas que comprei e que não vendi ao longo desses anos são três oculares Orion Sirius Plössl, uma barlow 2x Orion Shorty, quatro filtros Meade 4000 Series (esses são made in Japan! acho que nem se fabricam mais!) e um polarizador variável GSO. São acessórios que comprei assim que finalizei o telescópio caseiro nos idos de 2004 ou alguns anos depois e que não penso em vender.

Quem quiser ver mais alguns detalhes pode olhar lá na página de Acessórios. São poucas coisas, é verdade, mas acho que serve de bom exemplo de que se pode fazer muitos estudos interessantes com a compra dos acessórios corretos. Boa leitura!

sábado, 23 de março de 2013

Atividade astronômica apenas no blog....

Essa foi outra semana sem atividade astronômica de observação. O clima não ajuda há semanas e os poucos dias de céu aberto foram dias em que eu não podia observar. Aproveitei para colocar uma descrição da minha montagem : uma Orion Sirius EQ-G.

sábado, 9 de março de 2013

Testando um redutor focal em um Mak 150mm f/D12

Essa foi mais uma semana complicada para astronomia : muita coisa no trabalho, pós-graduação à noite e condições de clima ruins aqui em São Paulo. A soma de tudo isso é que só tive tempo em apenas uma noite, por duas horas, para montar as coisas no quintal e observar um pouco. Aproveitei essa rápida oportunidade para testar um redutor focal GSO 0.5x de 1.25" no meu telescópio Maksutov Cassegrain de 150mm f/D 12. Esse é um telescópio muito bom, que entrega imagens fantásticas mas que tem uma limitação (entre outras): devido à sua longa distância focal de 1800mm ele não apresenta um desempenho muito interessante para objetos do espaço profundo.

Tenho um newtoniano 150mm f/D 8 e manter os dois telescópios é um pouco complicado. Pensei várias vezes em me desfazer desse Mak mas sempre o mantenho pois realmente gosto muito dele, é um equipamento muito bom.... mas também gosto muito de observar DSO e quero começar também a fotografá-los. Um jeito de manter apenas um telescópio seria vender o newtoniano e usar só o Mak para tudo. Como então otimizar esse Mak e aproveitar sua óptica tanto em sistema solar (onde ele desempenha muito bem) como em DSO?

Duas soluções possíveis para isso seriam usar uma ocular de distância focal mais longa (o que não resolveria o problema das astrofotografias pelo método afocal) ou usar um redutor focal.

Redutor focal GSO 0.5X de 1,25" (à direita) e extensor
O redutor focal é uma construção de lentes que altera o cone de luz do telescópio e "reduz" a distância focal dele pelo seu fator de multiplicação. O meu é exatamente igual à esse da foto. Seu "fator de redução" é de 0.5x e tem inclusive esse pequeno extensor que acoplado ao redutor focal o transforma em um redutor de 0.25x. Assim, usando-o com o Mak, sem o uso do extensor, a distância focal do telescópio ficaria em f/D 6, uma ótima opção para observação e fotografia de DSO.

Bom, nessa única noite da semana em que tive tempo de montar tudo e observar, testei rapidamente o redutor focal. Olhei para M41, um aglomerado aberto em Canis Major. O resultado foi bem interessante mas a comparação com meu newtoniano 150mm f/D 8 foi inevitável: o newtoniano ainda é muito melhor para DSO que o Mak.... No meu newtoniano, usando uma ocular Orion Sirius Plössl de 26mm, o contraste é muito grande, com estrelas pontuais em um campo aparente bastante bom. No Mak, usando a mesma ocular de 26mm, percebi uma redução do aumento da ocular e consequente aumento do campo aparente mas a imagem... não sei bem dizer... não ficou no mesmo nível de qualidade que observei no newtoniano. O contraste era bom, com estrelas pontuais mas a imagem não tão interessante como a apresentada pelo newtoniano.

Ainda estou numa avaliação muito subjetiva pelo pouco tempo que tive para observar então terei que testar mais um pouco, com objetos extensos e outros aglomerados mais fechados que M41 para ter uma melhor noção. Com a chegada dos meses de outono e inverno, pelo menos aqui em São Paulo, as condições do céu e estabilidade do clima melhoram e permitem noites mais longas de observação, com qualidade suficiente para testes. Vamos aguardar.... Enquanto isso fico com os dois caixotes lá no meu quarto....

sexta-feira, 1 de março de 2013

Vamos começar....

Primeira postagem do meu blog. No passado eu já tentei criar páginas de internet dos diversos hobbies que tive na vida mas sempre a falta de tempo me impedia de continuar a desenvolver a página..... A estrutura de blog é bem mais interessante e dinâmica então acho que vai ser mais fácil manter atualizações.

Mas sobre esse blog.... a idéia é bem simples: registrar ao longo do tempo os meus interesses nos hobbies que desenvolvo. Atualmente tenho me dedicado bastante à astronomia amadora e à astrofotografia então, provavelmente, vocês verão muitas postagens nesse tema. Vamos ver se consigo organizar o espaço de forma a apesentar outros temas que tenho interesse.
Um abraço.